Caros Senhores
Como Cidadão Português, que se considera consciente, informado (e consumidor de informação), que muito presa o exercício da cidadania e o dever de promover a verdade, venho por este meio expressar a minha completa revolta face a uma situação ocorrida hoje, dia 7 de Julho de 2009, nos órgãos de comunicação social portugueses através da divulgação massiva de uma noticia falsa. Venho também por isso colocar uma serie de questões a quem considero ter o dever de me dar respostas.
A situação a que me refiro tem a ver com a dualidade de critérios que é feita pela maioria dos órgãos de comunicação social no que respeita à divulgação de notícias sobre o mercado dos combustíveis petrolíferos em Portugal. Estes órgãos de comunicação social a que me refiro protegem as empresas petrolíferas, nomeadamente a Galp, líder de mercado em Portugal, e prejudicam fortemente o cidadão e consumidor português.
Primeiro vamos a um facto concreto que para muitos deve ser novidade. A Galp aumentou hoje o preço dos combustíveis.
Tendo como referência os preços praticados na bomba da Galp da Ajuda em Lisboa, que tem reflectido de imediato a variação de preços a quando dos anúncios de subidas e descidas anunciados publicamente pela Galp Energia, e que pratica os preços mais altos dos postos da Galp Concelho de Lisboa (que foram e podem ser consultados em: http://www.precoscombustiveis.dgge.pt), verificamos que: HOJE, dia 7 de Julho de 2009, à meia-noite a Galp aumentou o preço por litro da Gasolina Sem Chumbo 95, UM Cêntimo, passando o preço para 1.324 €.
Que tenha conhecimento, e procurei em todos para os quais envio este e-mail, até este momento, Nenhum órgão de comunicação social deste país divulgou este aumento.
Apesar disto todos divulgaram massivamente as declarações feitas pelo Presidente Executivo da Galp Energia à margem da conferência anual do MIT.
Na notícia hoje divulgada Ferreira de Oliveira, afirma que “o que vemos no curto prazo é uma queda acentuada nas gasolinas e nos gasóleos. Estamos a ver isso no mercado (internacional) e que naturalmente serão repercutidos ao consumidor final”. Como se Comprova pela leitura dos parágrafos acima escritos esta declaração é objectivamente UMA MENTIRA! Considero ainda completamente imoral e inaceitável que alguém com as responsabilidades de Ferreira de Oliveira tenha a falta de carácter e de vergonha para declarar a descida dos preços no mesmo dia em que estes SOBEM!
Mais inacreditável ainda é que nenhum jornalista feito notar esta contradição, quer logo no momento em que as declarações foram feitas, quer quando a notícia é difundida!
Ferreira de Oliveira afirma ainda que “Portugal tem um regime de preços desfasado uma semana que está desfasado em uma semana do preço europeu”, afirmação que é também completamente falsa.
O petróleo voltou hoje a cair nos mercados internacionais. Cai à 6 sessões consecutivas. O Crude fechou hoje com o preço de 62,93$ por barril. O preço não estava assim tão baixo desde o final do mês de Maio. Neste período a Galp baixou o preço da Gasolina Sem Chumbo 95 em 3,5 cêntimos e aumentou a mesma em 6,5 cêntimos. Nos mercados internacionais do preço do crude andou no princípio de Junho nos 73 Dólares por Barril tendo o preço caído entretanto mais de 10 dólares.
Se provas faltavam elas aqui estão.
Pergunto me agora “Como é que esta notícia pode ser transmitida sem o mínimo de sentido crítico, que detectasse as mentiras que nela estão presentes?”
Não se trata usar o sentido critico de fazendo opinião, trata-se de transmitir informações objectivas e verdadeiras, que são por isso mais imparciais do que aquelas que foram efectivamente transmitidas.
Ferreira de Oliveira e por seu intermédio a Galp, teve direito a publicidade enganosa e gratuita, em órgãos de comunicação social quer públicos quer privados.
Quem se responsabiliza pelos largos milhares de euros, roubados directamente ao bolso dos consumidores portugueses, que a galp ganhou hoje e vem ganhando sempre à custa deste tipo de campanhas e notícias tendenciosas e falsas?
Como é que todas as semanas se continuam a repetir situações idênticas a esta sem nada mudar?
Vivo num estado de direito onde informar é um serviço público. Como tal a informação prestada deve informar, esclarecer e alertar o cidadão comum, defendendo-os de campanhas mentirosas, e condenando aberta e veementemente quem as transmite.
Não foi isso que hoje aconteceu e gostava que alguém assumisse a sua responsabilidade.
Perante tudo isto, o que fazer com a informação verdadeira de que hoje facilmente dispomos, principalmente através de sites e blogs de informação especifica sobre este assunto?
O que fazer com a informação mentirosa que é diariamente transmitida pelos meios de comunicação “tradicionais” ou “oficiais”?
São duas perguntas que junto ao que acima escrevi com a esperança não só de obter uma resposta, mas também e principalmente, para de que algo mude. Para melhor e para o bem de todos claro está.
Caso isso não aconteça, espero pelo menos que sirva para a reflexão dos visados, para usem o que aqui vem escrito para uma reflexão em consciência, sobre o trabalho que fazem e a informação que prestam. Não é pedir demais e sairíamos todos a ganhar com isso.
Atentamente,
Francisco Costa
Cidadão Português, Consumidor de Informação e de Produtos Petrolíferos
Administrador do Blog “Acabem com o Gamanço!”
Muito bem.. assino por baixo, por cima e pelos lados.
ResponderEliminar