quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Governo admite vender 7% da Galp se equilíbrio accionista for mantido

Do Site do Jornal de Negócios, por Miguel Prado

“Nova privatização na Galp? Sim, desde que o equilíbrio accionista entre a Eni e a Amorim Energia não seja afectado. Assim o disse o ministro das Finanças, em entrevista à Antena 1. "Vamos ter que avançar. E avançar com alguma coisa nesse domínio tem de ser enquadrado nessa preocupação central de manter a estabilidade", referiu Teixeira dos Santos.

Admitindo que a Galp Energia (onde a Parpública detém uma posição de 7% e a Caixa Geral de Depósitos 1%) "está no programa de privatizações", o ministro das Finanças disse à Antena 1 que "será importante salvaguardar" o equilíbrio entre os maiores accionistas.”

A confirmar-se esta notícia terrível aproximam-se certamente tempos ainda mais negros do que aqueles que vivemos hoje no mercado dos combustíveis petrolíferos em Portugal (será possível pior que isto? Infelizmente parece que sim).

O governo português ameaça tomar uma medida gravíssima e que vai completamente contra aquilo que seriam as medidas para resolver este grave problema de uma vez por todas. Privatizar a totalidade da galp energia nesta altura do campeonato seria entregar definitivamente o monopólio do mercado dos combustíveis (um sector fundamental do sector energético e da economia do país) às mãos de especuladores, que cujas decisões serão tomadas única e exclusivamente em função do lucro rápido e imediato. Privatizar o que resta da Galp não resolvera nenhum problema, e agravará gravemente os problemas já de si muito graves que neste momento assolam o mercado dos combustíveis petrolíferos no nosso país. (a formulação linguística utilizada visa frisar a gravidade da situação em que esta medida, a ser tomada, nos deixará.)

Acabem com o Gamanço!

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