sábado, 30 de janeiro de 2010

O preço do petróleo cai nos mercados internacionais há um mês, tendo caído mais de 10 dólares por barril. A Galp desce 1 cêntimo.

O preço do petróleo cai nos mercados internacionais há um mês, tendo caído mais de 10 dólares por barril. No mesmo período a Galp desceu o preço dos combustíveis um único cêntimo.

Em meados Dezembro de 2009, supostamente por causa da vaga de frio que varreu o hemisfério norte do planeta, o preço do petróleo nos mercados internacionais disparou dos 70 dólares para atingir o máximo de este ano, os 82 dólares por barril, a 6 de Janeiro deste ano. A partir daí o preço tem vindo consecutivamente a cair estando hoje em 72 dólares por barril.

Qual foi a atitude, no mesmo período de tempo destas mexidas nos mercados internacionais, da Galp, que é maior operadora do mercado dos combustíveis em Portugal e que lidera o cartel das petrolíferas, determinando por isso o preço praticado na venda de combustíveis no país?

Ora vejamos:

Segundo os dados recolhidos diariamente no site de da DGGE (http://www.precoscombustiveis.dgge.pt/), a Galp aumentou os preços consecutivamente desde dia 23 de Dezembro de 2009 até dia 17 de Janeiro de 2010 (relembro o crude nos mercados internacionais inverteu a tendência de subida a 6 de Janeiro de 2010, 11 dias antes).
Neste período, de 23.12 a 17.1, o preço subiu na Galp por 6 vezes tendo aumentado no total 6,5 cêntimos por litro a Gasolina, e 5,6 cêntimos por litro o Gasóleo.

A 17 de Janeiro a Galp baixou os preços da gasolina e do gasóleo em apenas um cêntimo, e o preço manteve-se inalterado desde aí até agora, altura em que este texto é escrito.

No período de 6 semanas o preço do barril de petróleo dos mercados internacionais subiu e voltou a descer 10 dólares, 3 a subir, e 3 a descer. No mesmo período, quando o petróleo subiu 10 dólares a Galp SUBIU O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS 6,5 CÊNTIMOS POR BARRIL, quando o petróleo voltou a descer os mesmo 10 dólares nos mercados internacionais, a galp baixa os preços em APENAS UM CÊNTIMO!

Isto é o maior assalto e o escândalo a que este país já assistiu. Há gente a encher os bolsos de milhares de milhões, ao mesmo tempo que outros que pouco ou nada ganham, têm de pagar autênticas exorbitâncias para se poderem simplesmente deslocar para ir trabalhar diariamente.

Esta questão não é um mero caso de polícia ou de justiça apenas. O que se passa neste país no mercado dos combustíveis petrolíferos é o maior atentado contra a igualdade e contra a liberdade individual desde o 25 de Abril.

A mobilidade é um direito adquirido com a modernidade. Quem atenta contra a nossa mobilidade, atenta contra a nossa liberdade!

Acabem com o Gamanço!

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