quinta-feira, 25 de junho de 2009

Comentário ao Artigo de Francisco Murteira Nabo publicado no Diário Económico

Comentário ao artigo intitulado "O Manifesto" por Francisco Murteira Nabo, publicado no site do Diário Económico.

"Caro Francisco Murteira Nabo

Apelo então à sua “plena consciência” que afirma neste artigo ter, para que naquilo em que tem poderes efectivos, como Presidente do Conselho de Administração da Galp Energia, combater a gravíssima crise que atravessamos, que em parte é derivada da crise do sector da Energia.

Use a sua consciência e force a empresa que preside a mudar as suas políticas! Em vez de depauperar o País e os portugueses e escolher sempre “a opção que cria mais valor para os accionistas” e que enche os bolsos de meia dúzia com milhões, force a sua empresa a praticar preços justos no mercado que domina! Os preços que a Galp pratica hoje face aos lucros que apresenta e aos dividendos que distribui são completamente imorais e inaceitáveis.

Numa sociedade como a portuguesa, que infelizmente depende demasiado do transporte individual face às péssimas redes de transporte publico que detemos, de cada vez que os preços dos combustíveis sobem e obrigado a gastar mais dinheiro em transportes, o poder de compra do português comum cai abruptamente. Com a perda do poder de compra, cai também o nível de vida, e as suas condições de vida deterioram-se.
Assim a Galp é uma das grandes responsáveis da perda de poder de compra do português comum. É uma das grandes responsáveis pela perda de qualidade de vida dos portugueses! É também responsável pelo aumento da desigualdade social, dando muitíssimo a muito poucos e exigindo demasiado a muitos que não têm como o pagar.
O crescimento da Galp e a sua afirmação no internacional não pode nem deve ser feito à custa do aumento do custo de vida dos Portugueses!
Como líder de mercado a Galp tem de dar o exemplo! Caso contrário mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor atraso, o Estado será obrigado a tomar medidas bastante mais radicais, que em nada beneficiarão a sua empresa.

É por tudo isto que apelo à sua responsabilidade como Presidente da maior empresa de produtos petrolíferos de Portugal e apelo à sua “plena consciência” enquanto economista e enquanto cidadão português.
Use o poder que tem enquanto é tempo.

Atentamente,
Acabem com o Gamanço!

http://www.gamanco.blogspot.com/
acabemcomogamanco@gmail.com"

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