segunda-feira, 15 de junho de 2009

Entrada na Galp já rendeu 330 milhões de euros em dividendos à Amorim Energia

Face aos números imorais do artigo abaixo transcrito é impossível vir a aceitar mais quaisquer aumentos dos preços dos combustíveis de ânimo leve.
O estado (e mais concretamente este Governo PS de José Sócrates) ofereceu de bandeja a Américo Amorim MIL MILHÕES DE EUROS só pela incorrecta avaliação das participações da Galp na altura da venda. Se a isto lhe juntarmos tudo o que Américo Amorim ganha nas remunerações aos accionistas, que é o próprio quem decide por ser vogal do conselho de remunerações da Galp, temos um bolo gigantesco que vem directamente do bolso dos portugueses!

É inaceitável esperar mais por medidas objectivas e efectivas para deter este roubo de que estamos todos a ser alvo!

Se fossemos gregos ou franceses, com o que se sabe neste artigo e mesmo que os preços dos combustíveis estivessem a metade do preço que efectivamente hoje estão, hoje já teríamos centenas de postos de combustível da Galp apedrejados e incendiados…

Acabem com o
GAMANÇO!




Do Site do
Público, Por Luís Villalobos

"O consórcio da Amorim Energia, que reúne Américo Amorim, Sonangol, Isabel dos Santos e Caixa Galicia, já arrecadou cerca de 330 milhões de euros em dividendos (brutos, sujeitos a impostos) desde que entrou no capital da Galp Energia.

Este valor equivale a perto de 20 por cento do capital investido na compra da posição de 33,3 por cento a entidades como a EDP - Energias de Portugal e à REN - Rede Eléctrica Nacional, e que totalizou cerca de 1,7 mil milhões de euros. Hoje, essa posição vale cerca de 2,7 mil milhões, já que a capitalização bolsista da empresa é da ordem dos 8,2 mil milhões de euros.

O encaixe de 330 milhões de euros foi efectuado em apenas quatro anos, começando a partir das contas de 2005. Em 2006, já com o consórcio da Amorim Energia como accionista, a Galp aprovou um dividendo de 0,27 euros por acção referente ao exercício anterior, valor que subiu depois para 0,30 euros (exercício de 2006) e para 0,32 euros (2007 e 2008).

Os accionistas, onde que se incluem ainda os italianos da ENI, com outros 33,3 por cento, a Parpública (sete por cento) e CGD (um por cento), estando o resto disperso em bolsa, receberam agora o dividendo final relativo a 2008, já que a Galp Energia não paga este prémio de uma só vez.

No caso da Amorim Energia, é o próprio Américo Amorim quem tem ganho mais dinheiro em dividendos, já que detém, indirectamente e através de várias empresas, cerca de 14 por cento da petrolífera. Ao todo, o empresário já recebeu perto de 139 milhões de euros através da redistribuição dos lucros.

Segue-se a Sonangol, que, através dos nove por cento indirectos do capital da Galp Energia, via Esperaza, encaixou 90 milhões de euros. Quanto a Isabel dos Santos (filha do Presidente de Angola), é a quarta maior accionista com seis por cento indirectos, também via Esperaza, tendo recebido cerca de 56 milhões de euros.

Participação confirmada
A inclusão da empresária angolana no consórcio da Amorim Energia foi confirmada ao PÚBLICO por diversas personalidades ligadas à empresa, segundo as quais a filha do Presidente angolano é parceira da Sonangol na Esperaza, empresa com sede na Holanda (tal como a Amorim Energia), detendo 40 por cento do capital.

Apesar de existirem algumas referências na comunicação social à existência de uma participação da empresária, até agora não era claro o peso de Isabel dos Santos na empresa e a forma como decidira investir.

O relatório e contas da petrolífera referente a 2008 diz apenas que a Esperaza é "controlada pela Sonangol", tendo mesmo chegado a afirmar, no relatório de 2006, que a empresa era detida "a 100 por cento" pela Sonangol.

Segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO, o consórcio formado por Isabel dos Santos e pela Sonangol opera também no negócio do gás natural em Angola, além de ter sido incluído na lista de empresas pré-qualificadas (não operadoras) no leilão de novos poços de petróleo angolanos. Este leilão, que acabou por ser interrompido, deverá ser retomado este ano ou no próximo.

Apesar do encaixe substancial que os accionistas receberam em dividendos nos últimos anos, o ritmo de distribuição de lucros vai ter de abrandar devido à necessidade de investir nas operações de pesquisa e prospecção do Brasil.

A empresa decidiu que, a partir de agora, o dividendo será de 0,20 euros por acção, canalizando parte dos lucros para investir em projectos como o de Tupi sem a necessidade de um aumento de capital."

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