segunda-feira, 29 de março de 2010

Portugal foi o segundo na rota do aumento dos combustíveis

Do site do Jornal i, por Ana Suspiro

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Gasolina e gasóleo nacionais continuam entre os mais caros antes de impostos. O sector diz que há razões para Portugal ser menos competitivo

Gradualmente e sem o alarme social vivido em 2008, os preços dos combustíveis estão a voltar a níveis de Fevereiro desse ano.Portugal está na linha da frente dos países onde os preços sem impostos mais aumentaram este ano.

Entre a última semana de 2009 e a terceira semana de Março, o preço médio da gasolina e do gasóleo nacionais foram os segundos que mais subiram na Europa a 27, de acordo com dados da Direcção Geral de Energia da União Europeia (UE).Na gasolina, os aumentos são liderados pela Dinamarca. No gasóleo, a Grécia foi quem mais agravou o preço antes de impostos (este país também subiu carga fiscal sobre os combustíveis). Portugal surge em segundo lugar no top dos aumentos, mas com diferenças diminutas: um cêntimo acima do terceiro na gasolina (Espanha) e menos de meio cêntimo no diesel (Dinamarca).

Embora não conheça os números deste período particular, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO), realça que os estudos sobre o mercado português concluem que a evolução dos preços em Portugal está alinhada com o que se passa na Europa. Recordando o recente estudo apresentado pelo economista Augusto Mateus, encomendado pela Galp Energia, António Comprido assinala que, retirado o efeito dos desfasamentos temporais (duas a três semanas no caso português) e analisada a evolução média em períodos longos, o comportamento do mercado português segue a tendência europeia. E as diferenças, quando existem, são muito reduzidas, de poucos cêntimos por litro. O responsável pela APETRO diz ainda que a análise da diferença entre a cotação platts (cotações que servem de referência internacional para as transacções de produtos petrolíferos) e o preço médio sem impostos, nas últimas 52 semanas, mostra que não houve um aumento da margem das empresas.

Mas se o mercado nacional é concorrencial, como conclui o estudo de Augusto Mateus, então porque é que os preços nacionais estão sempre entre os mais caros da UE? Na terceira semana de Março, Portugal tinha a terceira gasolina mais cara e o quarto gasóleo menos barato, tudo antes de impostos.

É o próprio António Comprido que reconhece que os preços nacionais costumam estar dois a três cêntimos acima da média da UE, sem impostos. Os consumidores pouco notarão a diferença, mas ela pode ser relevante para as empresas, já que este é um mercado onde a escala faz toda a diferença: num ano dois a três cêntimos significa uma receita adicional da ordem dos 150 milhões de euros para a indústria. Por outro lado, a carga fiscal portuguesa, superior à espanhola, amplifica estas diferenças nas bombas.

O responsável da APETRO diz que há características estruturais do mercado nacional que contribuem para esta situação. "É pequeno e periférico, logo aí terá tendência para ser um mercado menos eficiente", explica António Comprido ,que assinala, contudo, o facto dos preços nacionais serem por vezes inferiores aos de Espanha, um mercado quatro vezes maior.

Outra hipótese que avança, sustentada num recente estudo da Comissão Europeia, prende-se com dúvidas sobre se os preços dos vários países são de facto comparáveis. Em Portugal, sublinha, há uma política agressiva de descontos em bomba, através de cartões ou outro tipo de promoção, que não transparece nos preço médio final contabilizado pela Direcção-Geral de Geologia e Energia. Talvez a situação competitiva do mercado nacional de combustíveis melhorasse se as estatísticas traduzissem esta realidade, admite. Fica a dúvida."


Mas qual "dúvida"?!? Resta alguma dúvida a alguém de que somos TODOS roubados, todos os dias, pelas petrolíferas a actuar em Portugal? Resta alguma dúvida que o estudo encomendado pela Galp a Augusto Mateus já definia o resultado do mesmo estudo à priori, logo quando foi encomendado?! Resta alguma dúvida que quem tem responsabilidades no estado para regular este sector está comprado e é conivente com as petrolíferas! Resta alguma dúvida que Augusto Mateus, António Comprido, Manuel Sebastião e quejandos são toda uma cambada de fantoches comandados e pagos pelas petrolíferas.

Contem-me mais histórias... se os portugueses fossem como os gregos contávamos hoje com vítimas mortais nas petrolíferas por atentados à bomba. Não seremos nunca defensores deste tipo de violência, mas que esta faria esta alta esfera mafiosa que domina este pais pensar duas vezes antes de perpetuar estes assaltos, isso faria. Vergonha eles já não têm nenhuma, mas talvez tivessem medo.

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